sexta-feira, 17 de junho de 2011

Indignai-vos

O nosso indigitado em passo de ballet


Ao tomar conhecimento do governo que nos espera, a perplexidade que existia,redobrou e levou-me até àquele livrinho de Stéphane Hessel: Indignez-vous.
E nele, lê-se: (...) Cabe-nos a todos em conjunto zelar para que a nossa sociedade se mantenha uma sociedade da qual nos orgulhemos: não essa sociedade dos imigrantes ilegais, das expulsões, da desconfiança em relação aos imigrantes, não essa sociedade na qual se põe em causa as reformas, os direitos adquiridos da Segurança Social, não essa sociedade na qual os media estão nas mãos dos poderosos(...)
A Segurança Social,deve (...)garantir meios de subsistência a todos os cidadãos, em todas as situações nas quais não possam assegurá-los pelo seu trabalho; uma reforma que permita aos trabalhadores idosos acabarem dignamente os seus dias.(...)
E mais à frente: (...) Ousam dizer-nos que o estado já não consegue suportar os custos destas medidas sociais. Mas como é isso possível que actualmente não tenha verbas para manter e prolongar estas conquistas, quando a produção de riquezas aumentou(...) (...) Os bancos, agora privatizados, preocupam-se principalmente com os seus dividendos e com os elevadíssimos salários dos seus administradores, e não com o interesse geral. O fosso entre os mais pobres e os mais ricos nunca foi tão grande; e a corrida ao capital e a competição nunca foram tão incentivadas.(...) (...) Os responsáveis políticos, económicos, intelectuais e a sociedade em geral não podem desistir, nem deixar-se impressionar pela actual ditadura internacional dos mercados financeiros que ameaça a paz e a democracia. Desejo a todos, a cada um de vós, que tenham o vosso motivo de indignação(...)
Não será certamente com este governo que iremos defender a Segurança Social e todas as conquistas sociais que ao longo dos anos se foram concretizando com tantos custos e sacrifícios.
Então, indignai-vos e não deixeis que isso aconteça.

1 comentário:

  1. Realmente não me parece que possamos ir a qualquer lado. A pesar disto concedo-lhes o benefício da dúvida, mas sempre de pé atrás...
    Cabe à Oposição estar atenta e proceder em conformidade, ou seja que cumpra o seu dever de actuar de acordo com os princípios democráticos.
    Mariano Pires

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